São José foi o “guardião do sonho de Deus para a Humanidade” e celebrá-lo na Quaresma é fazer “um parêntesis” que nos sintoniza no que é essencial na relação com Deus

Ouvidor da Lagoa foi o pregador do oitavo dia da Novena dos Espinhos

O padre Rui Silva desafiou hoje os peregrinos do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que têm participado na Novena dos Espinhos, a serem “pintores da esperança” como São José foi guardião do sonho de Deus para a humanidade.

“São José foi o guardião do sonho de Deus para a humanidade” desenvolvendo “fielmente o projeto de Deus” assente “no amor”, no “cuidado”, na “escuta”, e no “acolhimento”, sempre “com humildade, descrição e simplicidade” disse o sacerdote, que presidiu à concelebração do oitavo dia da Novena dos Espinhos, em que se assinalou a Solenidade de São José, comumente celebrada como o Dia do Pai.

“Ele não fala mas obedece; é o homem da ternura que levou o projeto de Deus em silêncio, de forma modesta, mas cheia de virtudes” destacou, ainda, sublinhando que dele “aprendemos essa proximidade, de amor e serviço,  e da sua santidade que resulta da resposta fiel ao chamamento de Deus”.

“O silêncio de José abala com o tempo presente: uma cultura que domina toda a realidade, uma realidade que quer questionar tudo e todos e que para tudo quer uma resposta, mas na lógica fria da razão, tentando reduzir tudo aquilo que não entende a um absurdo, a classificar como ilusão e falso tudo aquilo que não tem uma resposta” disse o ouvidor da Lagoa .

“Questionamos tudo o que vem de Deus e acreditamos em tudo o que vem dos homens”  e “quando não conseguimos fazer silêncio ou não deixamos que o silêncio fale por si,  o homem apressa-se em duvidar em vez de acolher, perguntar em vez de acreditar, especular em vez de meditar”, afirmou o padre Rui Sila.

Por isso, acrescentou, “o tempo de hoje, é um tempo de grito e de alerta vermelho”.

“José viveu mais pelo coração do que pela razão” mas hoje “parece que deixamos de acreditar no coração da humanidade; a esperança é algo para gente que não sabe pensar”, lamentou o sacerdote ao destacar que celebrar esta solenidade e este homem é uma espécie de “parêntesis” para nos recolocar no trilho certo.

“José, como Maria, esvaziou-se de tudo para seguir o projeto de Deus. Também nós hoje o devemos fazer”, apelou “para cuidarmos uns dos outros, com mais paciência, fidelidade, simplicidade e humildade, atitudes de são José”.

“Ele coloca-nos nos trilhos certos para acolher a vida como graça e como mistério;  por isso José é tão importante” sobretudo num tempo em que “o homem deixou de se encantar e de admirar com as surpresas e novidades de Deus”.

“Que não fique ninguém para trás neste tempo da esperança; que a todos possamos dar uma cor da esperança porque neste mundo faltam muitos pintores que o queiram pintar com mais cores”, com “gestos simples” e “disponibilidade para sermos colaboradores de Deus, como São José foi”.

“Sejamos como ele colaboradores na criação de uma humanidade nova”, exortou o sacerdote pedindo ainda que não deixemos de “acreditar na força do amor  e na força do coração” em vez “do desejo de dominar”.

“A simplicidade de Deus dá-se no abraço entre o Céu e a Terra: só o humilde e o simples sabe escutar e por isso sabe acolher”, concluiu o padre Rui Silva, que é também pároco no Rosário e na Atalhada.

A Novena dos Espinhos que tem como tema a esperança, neste ano jubilar, tem sido pregada pelos ouvidores da ilha de São Miguel. Amanhã será o último dia e a pregação será feita pelo ouvidor de Ponta Delgada, padre Marco Sérgio Tavares. A Festa dos Espinhos na sexta-feira será presidida pelo reitor do Santuário.

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