Cónego Manuel Carlos Alves recorda que a santidade é escutar e viver a Palavra de Deus

Na homilia deste domingo, o cónego Manuel Carlos Alves sublinhou que santos não são apenas os mártires, mas todos os que escutam a Palavra de Deus e aceitam o apelo de Jesus para se tornarem “homens novos”

Foto: Santuário do Senhor Santo Cristo/CR

O cónego Manuel Carlos Alves centrou a sua reflexão na importância da escuta da Palavra e da confiança em Deus, mesmo nas adversidades, recordando que “a humanidade é uma construção em blocos” e que “todos temos os pés assentes nos ombros das gerações que nos precederam”.

Durante a homilia, o sacerdote apelou à gratidão e à oração pelos defuntos, sublinhando que “devemos dar graças pelos homens e mulheres que deram o melhor de si, mesmo não sendo perfietos” e que é fundamental “rezar por aqueles que partiram e entraram na aurora eterna”.

Inspirando-se no exemplo bíblico de Job, o responsável pelo Santuário do Senhor santo Cristo recordou que “mesmo diante da perda e da adversidade, ele nunca perdeu a confiança em Deus”. Essa confiança, disse, deve ser o modelo para cada cristão.

“Tal como os que  deram a sua vida por Jesus, também nós o devemos fazer. Não somos perfeitos, mas gradualmente a vida vai-nos permitindo encontrar novas formas de nos aproximarmos de Deus, através da escuta da Sua Palavra.”

O celebrante destacou ainda o valor da oração pelos defuntos, explicando que “muitas vezes é na oração e no perdão que nos aproximamos de Deus e ajudamos os que partiram a alcançar a luz eterna”. Lamentou, contudo, que “com muita facilidade nos esqueçamos dos que partiram”, sublinhando a importância de fazer o luto e de manter viva a memória.

Encerrando a homilia, deixou uma mensagem de esperança: “Mesmo na noite da vida, temos de caminhar na fé, porque o Senhor, na nova manhã, surgirá sempre.”

No final da celebração, o Reitor partilhou várias informações sobre a atividade do Santuário, destacando a preparação do inventário de todo o património do Santuário desde 1976 bem como a conclusão e implementação do Plano de Segurança dos bens do santuário seja do ponto de vista securitário seja do ponto de vista do incêndio e proteção civil, para o qual contou com a “preciosa ajuda da PSP” a quem agradeceu.

O sacerdote concluiu agradecendo a presença dos fiéis e o envolvimento de todos nas ações do Santuário, reforçando que “a comunidade é chamada a ser sinal vivo de fé, esperança e caridade no meio do mundo”.

A comemoração de todos os fiéis defuntos remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).

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