Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres será a única Igreja Jubilar de São Miguel

Ano Santo será aberto no dia 24 de dezembro em Roma, mas no mundo inteiro começa a 29 de dezembro com a abertura das Igrejas Jubilares

 

Foto: Santuário Senhor Santo Cristo/Ecclesia

A igreja de Nossa Senhora da Esperança, Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, vai ser a Igreja jubilar do Ano Santo da Esperança em São Miguel.

A Diocese terá uma Igreja jubilar em cada uma das ilhas e para elas devem convergir as peregrinações dos diferentes jubileus assinalados na diocese e organizados por cada uma das ouvidorias , movimentos e serviços. Os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, individualmente ou em grupo, visitarem devotamente a Igreja jubilar e aí dedicarem um período de tempo à adoração eucarística, meditação, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e a invocação a Nossa Senhora.

Em São Miguel a Igreja Jubilar será a Igreja de Nossa Senhora da Esperança, Santuário do Senhor Santo Cristo, para onde convergem já anualmente inúmeros peregrinos, especialmente durante o período das festas.

Por ser a Igreja Jubilar de São Miguel, o horário de funcionamento será alargado entre as 7h00 e as 21h00, de segunda-feira à sexta-feira. Ao fim-de-semana, a Igreja encerrará às 17h00.

Durante a semana haverá missa diária às 8h00 e confissões a partir das 8h30 até às 11h00. À sexta-feira, haverá ainda uma missão às 9h00 e outra às 20h00, especialmente direcionada para os jovens, mas onde todos podem participar. Antes dessa celebração haverá ainda a possibilidade de celebração do Sacramento da Reconciliação entre as 18h30 e as 20h00.

Todos os grupos que quiserem visitar e celebrar no Santuário devem acertar previamente a data procedendo à respetiva marcação para santuariosenhorsantocristo@gmail.com

O Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres localiza-se no Convento da Esperança. O Convento de Nossa Senhora da Esperança data do século XVI, beneficiando de vários melhoramentos no século seguinte. De entre as intervenções feitas destacam-se os azulejos no coro baixo, de António de Oliveira Bernardes. A talha da capela do mesmo coro baixo é atribuída a Miguel Romeiro. A decoração do teto da Igreja primitiva, da talha da capela-mor e dos altares laterais, foi realizada em 1658 pelo pintor micaelense Manuel Pinheiro Moreira, irmão da Ordem Terceira de São Francisco em Ponta Delgada.

A Igreja tem como invocação Nossa Senhora da Esperança, mas é a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres que mobiliza grande parte dos devotos.

Na diocese de Angra há mais dois santuários que serão Igrejas Jubilares: o santuário diocesano do Senhor Santo Cristo da Caldeira e o santuário diocesano do Senhor Bom Jesus Milagroso, em São Jorge e no Pico, respetivamente.

O ano santo é inaugurado em Roma pelo Papa Francisco no dia 24, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro e depois, no dia 26 de dezembro, com a abertura de uma outra Porta Santa na prisão romana de Rebibbia. Serão abertas mais três Portas Santas nas basílicas papais de Roma e, no dia 29, abrirão as Igrejas Jubilares em todo o mundo, incluindo os Açores.

Também a 29 de dezembro, o Papa vai abrir a Porta Santa da Catedral de São João de Latrão, em Roma, que celebra os 1700 anos da sua dedicação.

Já a 1 de janeiro de 2025 vai ser aberta a Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e a 5 de janeiro de 2025 será a vez da Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

Estas últimas três portas santas serão fechadas a 28 de dezembro de 2025, domingo, dia em que se encerra o Ano Santo nas várias dioceses.

A conclusão solene do Jubileu, com o encerramento da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, vai acontecer na solenidade da Epifania do Senhor, a 6 de janeiro de 2026.

“Este Ano Santo orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: de facto, em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção, realizada por meio da paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus”, afirma o Papa

Na bula de proclamação deste Ano Santo, o Papa sublinha que a esperança é a “mensagem central” deste Ano Santo, sublinhando a importância de associar a esta virtude a “paciência”, nas relações sociais e familiares, para travar “a intolerância, o nervosismo e, por vezes, a violência gratuita”.

“Habituamo-nos a querer tudo e agora, num mundo onde a pressa se tornou uma constante. Já não há tempo para nos encontrarmos e, com frequência, as próprias famílias sentem dificuldade para se reunir e falar calmamente”, escreve.

Francisco apresenta a peregrinação como “elemento fundamental” deste evento jubilar, recordando que na cidade de Roma haverá “itinerários de fé”.

“As igrejas jubilares, ao longo dos percursos e em Roma, poderão ser oásis de espiritualidade onde é possível restaurar o caminho da fé e matar a sede nas fontes da esperança, a começar pelo sacramento da Reconciliação, ponto de partida insubstituível dum verdadeiro caminho de conversão”, indica.

O convite estende-se, em particular, às comunidades cristãs do Oriente em comunhão com a Igreja Católica, “que vivem já a peregrinação da Via-Sacra, sendo muitas vezes obrigados a deixar as suas terras de origem, as suas terras santas, donde a violência e a instabilidade os expulsam rumo a países mais seguros”.

“O próximo Jubileu há de ser um Ano Santo caraterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus. Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação”, conclui.

Francisco destaca um dos aspetos tradicionais do ano jubilar, o da indulgência – definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º 1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada” – cujas condições específicas vão ser definidas pela Penitenciaria Apostólica.

O Papa espera que o Jubileu 2025 possa ser uma “experiência repleta de perdão”, com a ajuda da “Reconciliação sacramental”, recordando que, no Jubileu extraordinário da Misericórdia (2015-2016), instituiu os missionários da misericórdia, os quais “continuam a desempenhar uma missão importante”.

“Que eles exerçam o seu ministério também durante o próximo Jubileu, restituindo esperança e perdoando todas as vezes que um pecador se dirija a eles de coração aberto e espírito arrependido. Continuem a ser instrumentos de reconciliação, e ajudem a olhar para o futuro com a esperança do coração que provém da misericórdia do Pai”, aponta.

Scroll to Top